terça-feira, 10 de abril de 2012

Comprando o livro pela capa: L'energia del vuoto

"È notte, su un'autostrada svizzera. Una macchina procede a velocità sostenuta, diretta a Marsiglia. A bordo un uomo, Pietro Leone, funzionario dell'Onu a Ginevra. Accanto a lui dorme il figlio Pietro, una console stretta tra le mani, i jeans a vita bassissima come ogni adolescente che si rispetti. I due sono in fuga, da non si sa bene cosa. La sola cosa che Pietro sa è che da giorni qualcuno sta tenendo sotto controllo i movimenti suoi e della sua famiglia e che la moglie Emilia, ricercatore al Cern, è scomparsa da casa da qualche giorno. La donna stava lavorando, con un gruppo di fisici spagnoli, a un rivoluzionario calorimetro per decifrare le energie di fotoni ed elettroni..."

L'energia del vuoto é um romance policial envolvendo pesquisadores do CERN, o acelerador de partículas na Suíça, em jogo temos pesquisadores tentando provar suas teorias, pelas quais alguns dedicaram inteiramente suas carreiras acadêmicas e de outro fanáticos religiosos descontentes com o rumo que essas pesquisas tomam.
O livro além de conter longas explanações sobre física: relativismo, física quântica, teoria das cordas etc. também não segue uma linha temporal, ou seja a todo momento ele altera a posição do leitor do presente ao passado, portanto não é um livro muito fácil e acessível.
Demorei um pouquinho para engatar o ritmo da leitura mas depois das primeiras 50 paginas já estava bem envolvido com a leitura, as últimas paginas quase as devorei para conseguir logo chegar a amarração final da estoria, mas aí que veio o problema, o final me desiludiu, acabei até voltando a ler outra vez o último capitulo para ver se era aquilo mesmo e acabei ficando meio desapontado.
P.S.: esse é o segundo livro de Bruno Arpaia que leio, aqui o link para o outro o ótimo L'angelo della storia http://poliglotanalfabeto.blogspot.com.br/2010/10/langelo-della-storia-bruno-arpaia.html
Recenzioni:
http://www.libriconsigliati.it/lenergia-del-vuoto-bruno-arpaia-finalista-premio-strega-2011/
http://www.ilrecensore.com/wp2/2011/02/lenergia-del-vuoto-tra-thriller-e-fisica-contemporanea/
http://www.wuz.it/recensione-libro/6062/bruno-arpaia-energia-del-vuoto-strega-romanzo.html
http://blog.panorama.it/libri/2011/01/26/lenergia-del-vuoto-di-bruno-arpaia-intrigo-al-cern-tempio-della-fisica-e-laboratorio-del-futuro/
essa aqui é uma resenha demolidora:
http://paroledinessuno.wordpress.com/2011/12/09/recensione-libri-lenergia-del-vuoto-bruno-arpaia/

sábado, 7 de abril de 2012

Archimède

O Archimède é uma banda francesa formada pelos irmãos Nicolas e Frédéric Boisnard (dica do blog http://amusicafrancofona.blogspot.com.br/). Os irmãos já lançaram dois cds, o primeiro homônimo saiu em 2009, pelo qual foram indicados aos Victoires de la musique na categoria de album, revelação.
Abaixo dois clips extraídos do primeiro cd, Vilaine canaille, com uma brincadeira muito legal com capas de discos clássicos e L'été revient.











Em 2011 saiu Trafalgar que foi indicado como album de rock para os Victoires de la musique 2012.
A sonoridade da banda é calcada num pop-rock com um pezinho nos anos 60 um pouco no British pop anos 90.

http://www.myspace.com/archimede
http://archimede.sonymusic.fr/

http://www.telerama.fr/musiques/trafalgar,73417.php
http://www.music-story.com/archimede/trafalgar/critique
http://www.mystarter.fr/blog/chronique-album/archimede-trafalgar-critique-d-album.html







sexta-feira, 6 de abril de 2012

Comprando o livro pela capa: Los Mares del Sur

"En la Barcelona de 1979, en vísperas de las elecciones municipales, el detective privado Pepe Carvalho tiene que investigar las causas de un misterioso crimen. Un importante hombre de negocios llamado Stuart Pedrell aparece muerto a navajazos en un barrio extremo de la ciudad cuando desde hacía un año todo el mundo le suponía haciendo un viaje por la Polinesia. Carvalho averigua lo que hizo en el curso de este año, empieza a conocer la peculiar personalidad de la víctima -sus aficiones intelectuales y su obsesión por seguir los pasos de Gauguin e irse a los mares del Sur, que en la novela es un insistente símbolo de plenitud vital soñada e irrealizable- y va desenredando un complicado embrollo que tiene como fondo un sentimiento de frustración general. Desde la alta sociedad al inframundo de los suburbios, la novela traza un intenso cuadro de personajes y ambientes que refleja los conflictos personales y colectivos de la España de entonces."


Comecei a ler Los mares del sur por acaso, não achava onde tinha deixado o outro que estava lendo, bastaram duas noites para devora-lo. Não conhecia o autor, nem sabia do que tratava o livro (indicação de revista). Mal comecei a ler o livro, um policial, e já estava impressionado com o detetive Pepe Carvalho.
Pepe Carvalho têm um habito peculiar, ele queima livros; cínico, desiludido, diz que já aprendeu tudo com os livros, agora servem para aquecer sua lareira, para mim uma fascinante heresia.
O detetive também é obcecado por culinária, descrevendo pratos e até passando receitas, sendo a discussão culinária quase tão importante quanto a discussão cultural e intelectual, como pano de fundo para a estoria temos a Espanha durante o processo de transição da ditadura franquista para a monarquia constitucional.

Textos interessantes sobre o livro:

Sobre a queima de livros executada pelo detetive: http://blogs.elpais.com/tormenta-de-ideas/2012/02/quemar-los-libros-1.html
Sobre Pepe Carvalho: http://www.diagonalperiodico.net/Pepe-Carvalho-un-detective-ironico.html

terça-feira, 3 de abril de 2012

Comprando o livro pela capa: Les amants du Spoutinik

K, o narrador do livro ama, à sua maneira, sua amiga Sumire. Já Sumire uma jovem japonesa meio estranha fica perdidamente apaixonada logo após conhecer Miu, uma mulher mais velha e casada. Miu aparentemente não ama ninguém, não parece a quadrilha ?
" João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história"

Parece mas não é, o livro de Murakami, trata de indivíduos com dificuldade de relacionamento que vão se encontrando através de pontos comuns, K e Sumire por exemplo unidos pelo amor comum a literatura.


"C'est à ce moment là que j'ai compris. Compris que nous étions de merveilleuses compagnesd evoyage l'une pour l'autre, mais en fait à la façon de blocs de métal solitaires, qui suivent chacun leur trajectoire. Vu de loin, ça paraît aussi beau qu'une étoile filante ; seulement dans la réalité, nous ne sommes que des prisonniers, enfermés dans nos habitacles de métal respectifs, incapable d'aller où que ce soit"


O Spoutinik do titulo surge durante a primeira conversa entre Sumire e Miu, quando a segunda confunde o satélite russo com os escritores americanos Beatniks, achei pefeita a comparação dos personagens do livro  com  satélites errantes a procura de um modo de aplacar as suas irremediáveis solidões(por sinal Spoutnike em russo significa companheiro de viagem, o que afinal não seria o que eles procuram).


"Pourquoi sommes-nous si seuls ? me demandai-je. Pourquoi est-il nécessaire que nous soyons si seuls ?Tant de gens vivent dans ce monde en attendant quelque chose les uns des autres, et ils son néanmoins contraints à rester irrémédiablement coupés des autres. Cette planète continue-t-elle de tourner uniquement pour nourrir la solitude des hommes qui la peuplent ?"


Se você gosta de Murakami, você já sabe que encontrara as citações musicais tradicionais que dão o clima para as cenas descritas (não deixe de ouvi-las enquanto estiver lendo o livro, santo youtube).
"Il suffit de rêver. Rêver sans cesse. Entrer dans le monde des songes, et ne plus en ressortir. Vivre éternellement dedans.
Car dans les rêves, il n'est pas nécessaire d'établir des distinctions entre les choses. Pas du tout nécessaire. Les frontières n'existent pas. Et du coup, dans les rêves, les collisions se produisent rarement. Même quand il y en a, elles ne sont pas douloureuses. La réalité, c'est différent. La réalité, ça mord. Réalité, réalité."