segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Love Songs - Vanessa Paradis

Após revisar sua carreira com o lançamento de um Best Of, seguido de uma excursão em formato acústico (+ CD / DVD), Vanessa Paradis volta com um álbum de inéditas, um cd duplo com vinte e duas canções.
Love Songs é um álbum de canções pops, com uma sonoridade que mantém um pezinho nos anos 60, foi produzido por Benjamin Biolay, que também assina oito das canções do álbum.
Como esse era o primeiro trabalho da cantora após o rompimento de seu relacionamento com Johnny Depp confesso que estava temeroso de que o disco fosse muito depressivo, mas isso não se concretizou. Vanessa até se aventurou a cantar em italiano, uma canção de Domenico Modugno, Tu so' 'na cosa grande em uma versão quase bossa nova, seria alguma provocação para Carla Bruni? Falando em Carla Bruni não foram poucos os fans ,de Vanessa, que foram ao Twitter reclamar que Love Songs parecia mais ser um trabalho da italiana do que dela, para mim a queixa é um pouco exagerada, mas que algumas canções parecem seguir o mesmo tipo de arranjo parecem, a começar da primeira faixa do CD1 L'Au-delà, em todo caso para mim isso não seria de modo nenhum um demérito.


"Love, I don't know
 Nothing about love, you know
 Hold me till the day is done"  canta Vanessa no refrão do primeiro single retirado desse álbum, Love Song.



Uma de minhas canções preferidas nesse CD é Mi Amor, letra de Adrian Gallo da banda BB Brunes.
Dis moi que tu m'aimes 
Que la vie est belle 
Que ce monde est fou ...

domingo, 25 de agosto de 2013

Comprando o livro pela capa: La literatura nazi en América

La literatura nazi en América es, en palabras de su autor, «una antología vagamente enciclopédica de la literatura filo-nazi producida en América desde 1930 a 2010, un contexto cultural que, a diferencia de Europa, no tiene conciencia de lo que es y donde se cae con frecuencia en la desmesura». Escrita a imitación de los diccionarios de literatura, esta ingeniosísima obra de ficción disfrazada de manual se compone de las más variadas reseñas dedicadas a la vida y la obra de autores inexistentes de una literatura inexistente, y constituye una excelente parodia de la historia real de la literatura iberoamericana." 

La literatura nazi en América  como o nome já diz é um compendio sobre a literatura de extrema-direita produzida nas Américas entre 1930 e 2010, o livro é extremamente detalhista, cada um dos 30 escritores possui sua própria mini biografia, com o devido enquadramento histórico-politico além de uma descrição de sua obra literária, o detalhe mais importante de todo esse trabalho é que La literatura nazi en América é uma obra de ficção, todos os autores biografados assim como as suas obras são fictícios.
Na eminencia do seu lançamento no Brasil ocorreu um certo mal estar, que pode até estar relacionado com a saída do escritor Rubem Fonseca da Companhia das Letras, em uma visitinha rápida ao Google se pode facilmente encontrar os relatos de toda a celeuma. O estopim da questão seria o seguinte trecho " .. un continuador de Rubem Fonseca, para entendernos. Ése escribía bien aunque decían que era un hijo de puta ". A frase é bem tipica do estilo provocador do escritor chileno, que não costumava poupar os escritores de quem não gostava.
Nesse livro somos apresentados pela primeira vez ao personagem Carlos Ramíres Hoffman, o infame, o qual retornara como um dos personagens principais em Estrela Distante a obra seguinte do autor.
Apesar de Roberto Bolaño já mostrar nesse livro todas as características que o levaram a ficar famoso, não recomendo La literatura nazi en América para quem deseja se iniciar na obra de Roberto Bolaño, para esses Noturno do Chile ou Estrela distante creio que seriam mais indicados. Para quem já gosta de Roberto Bolaño essa é mais uma obra que prova como era criativo esse escritor chileno.
P.S.: para deixar bem claro aos incautos, esse não é um livro para simpatizantes de extrema-direita.

sábado, 24 de agosto de 2013

Comprando o livro pela capa: La Délicatesse

« François pensa : si elle commande un déca, je me lève et je m’en vais. C’est la boisson la moins conviviale qui soit. Un thé, ce n’est guère mieux. On sent qu’on va passer des dimanches après-midi à regarder la télévision. Ou pire : chez les beaux-parents. Finalement, il se dit qu’un jus ça serait bien. Oui, un jus, c’est sympathique. C’est convivial et pas trop agressif. On sent la fille douce et équilibrée. Mais quel jus ? Mieux vaut esquiver les grands classiques : évitons la pomme ou l’orange, trop vu. Il faut être un tout petit peu original, sans être toutefois excentrique. La papaye ou la goyave, ça fait peur. Le jus d’abricot, ça serait parfait. Si elle choisit ça, je l’épouse… 
– Je vais prendre un jus… Un jus d’abricot, je crois, répondit Nathalie. 
Il la regarda comme si elle était une effraction de la réalité. » 
Mesmo já tendo assistido o filme, (http://poliglotanalfabeto.blogspot.com.br/2012/08/la-delicatesse.html) acabei não resistindo a tentação e acabei comprando o livro.
 O filme é igual ao livro? Não, mas são pequenos detalhes que diferem de um para o outro, sem no entanto alterar em praticamente nada a estrutura da estoria.
O livro é escrito em terceira pessoa, por uma narrador que não se furta a fazer comentários bem humorados sobre a situação do casal, além de intercalar varias observações, mais ou menos relativas a estoria, no meio da trama.
La Délicatesse, o livro, não me decepcionou em nada, pelo contrario a leitura foi extremamente agradável, levei somente um fim de semana para devorar as suas 210 paginas.