quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Versão Brasileira : Serena

Comprei esse livro após ver a listinha das melhores leituras de 2012 do  Hellfire Club. Por alto sabia que se tratava de algo relativo a espionagem, gênero que eu nunca tinha lido. 
Comecei a leitura dia 24 (véspera de Natal) e no dia 25 a noite já tinha devorado as 382 paginas. 

Vamos primeiro a sinopse que a Cia das Letras divulgou do livro: "Ao ser contratada pelo MI5, o Serviço Secreto Britânico, a protagonista Serena se vê como participante de uma mentira cujo objetivo é fomentar a criação de uma ficção. Isso porque ela é incumbida de estabelecer contato com um escritor a quem não pode contar que é uma espiã, nem que o dinheiro que ele passará a receber virá do Estado. Mas o contexto de toda essa armação é uma guerra muito real, num período bastante violento da história da Inglaterra, especialmente por causa da atividade do IRA.
E, para Serena, o caso envolve ainda sua vida pessoal, tanto no que se refere a seu antigo amante, que a introduziu no MI5, quanto no que se refere ao escritor que é vítima do ardil, por quem acaba se apaixonando. Ela é, portanto, agente e vítima, personagem e criadora, num romance em que todos esses papéis são questionados com fervor.
Ora, ao conhecermos a ficção de Tom Haley, o escritor que não sabe que está na folha de pagamento da Inteligência Britânica, já notamos essa curiosa relação entre o real e o fictício, mediada pelo criador. Mas será apenas quando concluirmos a leitura de Serena que teremos a verdadeira dimensão do grau que atingiu essa fusão, tanto na história que estamos lendo quanto na nossa relação com o livro e seus personagens.
A literatura experimental, questionadora, pode adotar várias máscaras. Nesse romance, Ian McEwan a veste nos trajes mais discretos e, talvez por isso mesmo, mais eficientes."


Pano de fundo, anos 70, crise do petróleo, a Inglaterra se encontra com a economia estagnada, vários escândalos de espionagem envolvendo pessoas de quem se menos suspeitava, os bem nascidos que frequentaram as escolas mais elitistas do país.
O livro começa com a personagem principal se apresentando e de cara você já fica sabendo que a estoria não vai ter final feliz. Acompanhando o desenrolar da narrativa logo cheguei a conclusão de que o personagem Serena era um imã de burradas, ela não parece ter o menor bom senso, e vai de caso em caso só se metendo em encrenca, mas o que chama a atenção é que apesar de a protagonista ser uma tontinha você fica preso a estoria e não consegue se desligar ate o termino do livro.
Serena é um livro de espionagem? 
Não exatamente, está mais para um romance entre apaixonados por literatura que por um acaso são envolvidos num caso de contra-espionagem.

Entrevista com o autor:



link para as resenhas  da Anica (contém spoilers) e da Luara:
http://www.anica.com.br/2012/11/13/serena-ian-mcewan/
http://isaacsabe.wordpress.com/2012/08/08/livro-serena-ian-mcewan/