" La literatura nazi en América es, en palabras de su autor, «una antología vagamente enciclopédica de la literatura filo-nazi producida en América desde 1930 a 2010, un contexto cultural que, a diferencia de Europa, no tiene conciencia de lo que es y donde se cae con frecuencia en la desmesura». Escrita a imitación de los diccionarios de literatura, esta ingeniosísima obra de ficción disfrazada de manual se compone de las más variadas reseñas dedicadas a la vida y la obra de autores inexistentes de una literatura inexistente, y constituye una excelente parodia de la historia real de la literatura iberoamericana."
La literatura nazi en América como o nome já diz é um compendio sobre a literatura de extrema-direita produzida nas Américas entre 1930 e 2010, o livro é extremamente detalhista, cada um dos 30 escritores possui sua própria mini biografia, com o devido enquadramento histórico-politico além de uma descrição de sua obra literária, o detalhe mais importante de todo esse trabalho é que La literatura nazi en América é uma obra de ficção, todos os autores biografados assim como as suas obras são fictícios.
Na eminencia do seu lançamento no Brasil ocorreu um certo mal estar, que pode até estar relacionado com a saída do escritor Rubem Fonseca da Companhia das Letras, em uma visitinha rápida ao Google se pode facilmente encontrar os relatos de toda a celeuma. O estopim da questão seria o seguinte trecho " .. un continuador de Rubem Fonseca, para entendernos. Ése escribía bien aunque decían que era un hijo de puta ". A frase é bem tipica do estilo provocador do escritor chileno, que não costumava poupar os escritores de quem não gostava.
Nesse livro somos apresentados pela primeira vez ao personagem Carlos Ramíres Hoffman, o infame, o qual retornara como um dos personagens principais em Estrela Distante a obra seguinte do autor.
Apesar de Roberto Bolaño já mostrar nesse livro todas as características que o levaram a ficar famoso, não recomendo La literatura nazi en América para quem deseja se iniciar na obra de Roberto Bolaño, para esses Noturno do Chile ou Estrela distante creio que seriam mais indicados. Para quem já gosta de Roberto Bolaño essa é mais uma obra que prova como era criativo esse escritor chileno.
P.S.: para deixar bem claro aos incautos, esse não é um livro para simpatizantes de extrema-direita.
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