domingo, 19 de abril de 2015

Jovanotti - Lorenzo 2015 CC.

Três anos após o lançamento de Ora Jovanotti retorna com um novo "disco" Lorenzo 2015 CC., qual a razão das aspas, segundo as palavras do próprio Jovanotti ele não acha sua obra bem um disco: “Siamo nell’epoca del cloud quindi io considero questo disco più un cloud che un disco. È una nuvola che ti può far piovere giù tutta la musica che vuoi, anche per questo ci son dentro trenta canzoni. Che son tante, lo so”.
Lorenzo 2015 CC. é composto por 30 canções que vão do rock ao rap, passando pelo pop, pelo samba e pelo que mais se possa imaginar.
Para se compreender um pouco o disco recomendo assistir a apresentação que ele deu no lançamento da obra.



como previa do disco foi lançado o single Sabato
 


junto com o lançamento do disco foi lançado o segundo single "Gli Immortali"




Para ser sincero não consegui ainda digerir o disco completamente, e já faz mais de um mês que estou escutando, e aqui e acolá ainda vão aparacendo algumas novas perolas. como resumo até esse momento fico com a impressão de que ele é um artista singular em nosso tempo de massificação.

algumas criticas muito interessantes:
http://xl.repubblica.it/articoli/lorenzo-2015-cc-jovanotti-e-la-fine-degli-album/17502/
http://www.rollingstone.it/musica/news-musica/lorenzo-2015-cc-il-nuovo-disco-di-jovanotti-spiegato-traccia-per-traccia/2015-02-24/
http://www.rockol.it/recensioni-musicali/dischi/5932/jovanotti-lorenzo-2015-cc?refresh_ce
http://www.ilfattoquotidiano.it/2015/02/25/jovanotti-lorenzo-2015-cc-disco-contiene-tutto-contrario-tutto-recensione/1454844/
http://www.allmusicitalia.it/recensioni/lorenzo-2015-cc-jovanotti-recensione.html

Segundo o Deezer são 2 horas e 10 minutos de música que podem conferidas no site



Comprando o livro pela capa: Mis documentos

Mis documentos é a minha quarta experiência com o universo do escritor chileno Alessandro Zambra, por questão do quase total abandono que este "blog" está sofrendo por parte de seu autor somente Bonsái está resenhado, La vida privada de los árboles e Formas de volver a casa apesar de serem ótimos livros ,dei 4 estrelinhas no Skoob e no Goodreads,ficaram no esquecimento.
Voltando ao livro Mis documentos é um livro de contos,é eu tenho um serio problema com livro de contos, eu empaco na leitura e acaba sendo um martírio acabar o livro, um caso clássico no meu Hall of Shame da leitura é L'éléphant s'évapore , livro de contos do Murakami, que já está pela terceira ou quarta tentativa de finalização da leitura e continua lá sem terminar.
Mis documentos é composto de 11 contos divididos em 3 seções, em uma estrutura que simula arquivos deixados em uma pasta de computador. Os contos têm um ar confessional, as vezes parecem ser um rascunho de um relato deixado para trás, os textos são bem diretos, sem aquelas filigranas que muitos escritores adoram colocar nos seus textos, você fica com aquela impressão de "nossa isso parece tão simples", mas não é. Tudo parece muito familiar, muitas estorias poderiam ser minhas ou suas e por essa razão acabam sendo envolventes e ao final posso dizer que é um livro gostoso de ler (têm uma estoria bem pesada lá pelo finzinho mas faz parte) .


links com resenhas interessantes algumas positivas outras nem tanto:
http://60watts.cl/2014/01/resena-alejandro-zambra/
http://www.elboomeran.com/blog-post/539/14583/patricio-pron/contra-los-prejuicios-mis-documentos-de-alejandro-zambra/
http://www.letrasdechile.cl/Joomla/index.php/comentarios-libros/2651-2651



sábado, 28 de fevereiro de 2015

Comprando o livro pela capa: Soumission

No final de 2014 começaram a circular na Françacomentários sobre o novo livro de Michel Houellebecq, dizendo que seria mais uma obra provocatória onde o controverso escritor francês estaria novamente atacando o islamismo. Fiquei curioso  aguardando o livro, os funestos adventos ocorridos em Paris não afetaram minha decisão de leitura de nenhuma maneira.
Do que se trata o livro: em 2022 o partido socialista francês fragilizado após dois mandatos de Hollande é ultrapassado por um novo partido, muçulmano, que vai ao segundo turno das eleições contra Marine Le Pen, com a vitoria dos muçulmanos a França torna-se um pais "árabe".
Enquanto esses fatos se desenrolam no livro vamos acompanhando a vida de François, um professor universitário especializado em Huysman que dá aulas na Sorbonne.
Soumission é um livro tipico de Michel Houellebecq, para começar temos nosso personagem François que poderia estar em La carte et e le territoire ou em Plateforme, ele têm todas as características dos outros personagens, um sujeito mediano, que não consegue se relacionar com as mulheres, que não possui praticamente vida social e que pelo acaso é posto numa situação especial.
Assim como em seus seus outros livros, Houellebecq, utiliza sem muitos escrúpulos pessoas reais como personagens de seus livros, assim em Soumission temos Hollande, Marie Le Pen, Manuel Valls entre outros políticos franceses que passam pelas paginas do livro lado a lado com personagens fictícios.
Dizer que a leitura é agradável num livro de Houellebecq é um pouco de exagero, mas ela flui facilmente e eu fiquei envolvido para ver que fim teria François.
Pondo o livro contra a realidade achei os argumentos muito fracos, após a vitoria eleitoral dos muçulmanos, eles mudam o sistema politico, o sistema econômico e viram a França de cabeça para baixo sem haver nenhuma oposição. Acreditar que os franceses, e principalmente as francesas, iriam abrir mão de todas as suas conquistas sociais assim sem nem mesmo um sinal de protesto e muito que forçado, ocorreu uma eleição acirrada e no dia seguinte após algumas medidas radicais não existe mais oposição e muita forçação de barra, mas e o que esperamos sempre de Houllebecq, provocação.
Pessoalmente não achei o livro uma afronta contra o Islam e sim uma provocação contra os franceses (é principalmente as francesas) sobrando um pouquinho de maldade também para os outros países europeus.

Um pouquinho do que se falou sobre o livro:
http://www.telerama.fr/livre/ecoutez-un-extrait-de-soumission-de-michel-houellebecq-lu-par-fabienne-bussaglia,121179.php
http://www.metronews.fr/culture/soumission-de-michel-houellebecq-ni-bete-ni-mechant-ni-dangereux-le-livre-polemique-a-plutot-plu-a-la-redaction/moav!4o6jyMeZOdH1M/
http://www.vanityfair.fr/culture/livre/articles/soumission-de-michel-houellebecq-ou-lislam-pour-tous/23394
http://www.liberation.fr/livres/2015/01/06/michel-houellebecq-et-le-cas-soumission_1174350



sábado, 30 de agosto de 2014

Comprando o livro pela capa: Au sud de la frontière, à l'ouest du soleil

"Hajime est un homme accompli, père de famille et heureux propriétaire d'un club de jazz de Tokyo. Lorsqu'un beau jour, son amour d'enfance, Shimamoto-san, surgit dans son bar. Les retrouvailles avec cette femme insaisissable, qui n'apparaît que les jours de pluie, plongent Hajime dans l'abîme d'une quête obsédante, contre la course du temps et des sentiments..."
Au sud de la frontière, à l'oest du soleil conta a estoria de Hajime, nascido no Japão pós-guerra, um  garoto que se sentia estigmatizado devido a  sua condição de filho único, não usual para a época, e acaba se aproximando de uma garota, que também era filha única, e eles acabam criando uma ligação especial que acaba sendo rompida quando a garota se muda, Hajime vai levar a lembrança dos momentos partilhados com Shimamoto-san por toda a vida.
Hajime passa por dificuldades tanto na puberdade quanto no inicio de sua vida adulta, ele somente volta a se sentir "bem" quando conhece sua esposa, quando tudo parecia ter se arranjado em sua vida eis que Shimamoto-san ressurge fazendo com que ele comece a questionar seu mundo.
Eu sempre me surpreendo com os livros do Murakami e Au sud de la frontière, à l'oest du soleil  não fugiu a regra, Hajime é terrivelmente real, credível,e a partir de um argumento quase que clichê Hajime consegue prender nossa atenção para seguir sua viagem. Comparado com suas outras obras esse livro não possui situações insólitas, se aproximando mais de Norwegian Wood do que por exemplo Kafka sur la rivage. Também não podem faltar citações de música e elas estão mais uma vez lá, jazz, clássico, pop as vezes rock, já me habituei a ler Murakami ouvindo-as e realmente vale a pena.
Recomendo a leitura principalmente para quem acabou de entrar no universo de Murakami via Norwegian Wood.


Um documentário muito interessante sobre Murakami:


sábado, 9 de agosto de 2014

Indochine: Paradize

Indochine (Indochina), termo cunhado pelos franceses para designar sua antiga colonia na Asia, onde hoje estão localizados  Vietnã, Laos e Camboja.
Indochine: grupo de rock francês, meio que new-wave, surgido nos anos 80. O grupo após ter tido um relativo sucesso com seus primeiros discos foi perdendo popularidade durante a década de 90, após a virada do milênio a banda acaba voltando ao sucesso com o disco Paradize.
No caminho para chegar a Paradize o grupo Indochine sobreviveu primeiro a saída de um de seus membros fundadores, Dominique Nicolas e depois pela morte de Stéphane Sirkis irmão gêmeo do outro fundador, e alma, do grupo Nicola Sirkis.
A nova sonoridade do grupo foi muito influenciada pela entrada no grupo do guitarrista Oli de Sat.
Roupas de couro, negro e vermelho, penteados e cortes de cabelo radicais (para ser educado) e temas pesados: sexo, morte, religião,traição, dificuldade de adequação são  recorrentes em letras na maioria das vezes ambíguas.
Sem duvida a balada J'ai demandé à la lune foi uma das forças a impulsionar as vendas desse que é provavelmente um dos discos de rock francês mais bem sucedido comercialmente, além dela também foram lançados alguns outros clips que nos dão uma boa visão da sonoridade e do visual, um tanto quanto estranho, da banda.















duas resenhas interessantes:
http://www.albumrock.net/critiquesalbums/indochine-paradize-307.html
http://musique.krinein.com/indochine-paradize/
uma resenha devastadora:
http://clashdohertyrock.canalblog.com/archives/2009/09/09/15010293.html

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Comprando o livro pela capa: Monsieur Pain

A un discípulo de Mesmer le encargan que cure el hipo que sufre un sudamericano pobre abandonado en un hospital de París en la primavera de 1938. En apariencia, nada puede pasar. Sin embargo el mesmerista Pierre Pain se verá envuelto en una gran intriga."
Monsieur Pain é um tipo de "curandeiro" que segue os preceitos de Mesmer, a estoria se desenvolve a partir do momento em que a viúva de um seu ex-paciente o chama para que ajude na recuperação do marido de uma amiga, a partir do momento em que ele aceita o encargo uma sucessão de fatos estranhos começam a ocorrer ao seu entorno. 
Gostei ou não gostei?.
Monsieur Pain me deixou dividido, o livro não é ruim, muito pelo contrario, mas senti a falta daquela sensação de encantamento instantâneo que tive ao ler outras obras de Roberto Bolaño, especialmente com Los Detectives Salvajes e Nocturno de Chile.
Monsieur Pain que foi editado pela primeira vez com o nome de La Senda de los Elefantes foi escrito no período em que Bolaño assolado por problemas financeiros começa a deixar a poesia de lado e tinha se posto a participar de concursos literários com boas premiações financeiras, por sinal na nota preliminar do livro ele conta que foi premiado por esse livro.
Ficção com realidade, situações inusitadas o universo tipico dos livros de Bolaño já vão tomando forma nesse livro, pessoalmente não recomendaria para quem quer começar a conhecer a obra dele, mas sim para quem já gosta e quer ter uma visão mais completa desse escritor chileno.

algumas resenhas interessantes:

http://elpais.com/diario/2000/03/04/cultura/952124410_850215.html
http://www.thecult.es/Cronicas/monsieur-pain-de-roberto-bolano.html
http://www.letras.s5.com/bolanorobe0808.htm




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Mondovisione - Luciano Ligabue

Mondovisione é o decimo album de estúdio de Luciano Ligabue, mesmo tendo sido lançado no final de 2013 foi o recordista de vendas na Itália durante o ano passado. O disco saiu com 14 canções inéditas e no caso de compra pelo iTunes  acompanha uma versão acústica do primeiro single Il Sale della Terra.

Luciano Ligabue abre o disco com Il muro del suono, que não deixa margem a duvidas de que temos de volta um Ligabue mais rockeiro e menos pop, não que ele abandone a sua capacidade de fazer baladas, o que ele deixa claro em Tu sei lei. 
Romântico, indignado, saudosista, confessional Ligabue fala sobre suas experiencias mas sempre parece estar escrevendo sobre todos nós.

Abaixo os clips dos singles tirados do disco, na ordem de seu lançamento.