domingo, 16 de fevereiro de 2014
Prata versus Nothomb
No começo de 2013 acabei lendo quase que sequencialmente dois livros com temática bem parecida, Nu,de botas de Antonio Prata e Biographie de la faim de Amélie Nothomb.
O primeiro foi Nu, de botas, as gostosas lembranças de infância do paulistano Antonio Prata, também cresci numa vilinha paulistana, 16 nos antes, e acabei vendo muitas semelhanças nas memorias dele com as minhas. O livro de Antonio Prata é leve, agradável e por muitas vezes nos leva de volta a nossa infância, peguei o livro num domingo pela manha e a tarde já tinha trespassado suas 140 paginas.
O livro da Amélie Nothomb me tomou mais tempo, ela também cobre um período um pouco mais longo, chegando aos seus 21 anos. Amélie também usa o humor para relembrar de sua juventude e o livro não é difícil de ser lido.
Vamos as diferenças, Antonio Prata passa a visão do garoto que habitava em uma vilinha enquanto Amélie, filha de diplomatas belgas, passava de país em país (Japão, China, EUA e Bangladesch), sendo que o choque cultural que ela passava em cada país toma boa parte de suas memorias. Amélie toca em dois assuntos mais pesados, alcoolismo infantil e bulimia, apesar de não se aprofundar neles. A veia humorista dela digamos que possui um lado mais negro que o de Antonio Prata, tornando seu livro mais pesado.
Eu pessoalmente recomendo a leitura dos dois, acredito que são meio que complementares.
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